quarta-feira, 16 de abril de 2014

O QUE A PÁSCOA SIGNIFICA PRA VOCÊ?

Páscoa


A palavra Páscoa, vem do hebraico passach, que quer dizer “saltar por cima”, ou “passar por sobre”. Sua forma nominal é pesach. Alude ao fato de o “anjo da morte” ter passado por sobre as casas dos hebreus, marcadas com o sangue do cordeiro, quando da última praga sobre o Egito, a qual culminaria com a libertação dos israelitas da escravidão egípcia. (Êx. 12:21-39). 

Na terra de Canaã, a Festa da Páscoa passou a ser celebrada unida à Festa agrícola dos Pães Asmos (ou ázimos); pães feitos sem fermento. A Festa continua sendo celebrada durante sete ou oito dias, desde o décimo quarto dia do primeiro mês (Nisã), como memorial da libertação dos hebreus da servidão no Egito. Essa festa era celebrada desde o por do sol do décimo quarto dia do mês de Abibe (na primavera), que posteriormente recebeu o novo nome de Nisã. (Êxodo 12:15; 34:18; Lev. 23:6; Núm. 28:17; Deut. 16:3).

As tradições judaicas adicionaram um dia a essa festa – de sete para oito dias; o primeiro e o último são dias sagrados (sábados), dias em que ninguém pode fazer qualquer trabalho. Nas duas primeiras noites ocorre a cerimônia do Seder, que se desenvolveu a partir da refeição pascal ensinada na Bíblia (Êx. 12:8; Deut. 16:5-7). Então, toda a família se reúne para a cerimônia. A cerimônia é dirigida pelo pai da família, ou patriarca, e consiste de cânticos religiosos, leitura ritual do Haggadah, certos salmos (como o 113, 118, o 136...), orações e bênçãos. Em seguida, a refeição tradicional é consumida por toda a família. (Se a família é pequena, pode juntar-se a uma outra família para compartilharem a refeição). Essa refeição serve de memorial para os judeus; lembrando da libertação da escravidão no Egito. Um osso torrado é posto sobre a mesa, simbolizando o cordeiro da páscoa, sacrificado e ingerido por cada família. (Êx. 12:3-11).

O duplo significado da Festa: É um memorial acerca da redenção dos judeus da servidão no Egito. Deve incluir o pão sem fermento (matzoth). Também fazem parte do Seder, as ervas amargas (maror), que são comidas em memória dos sofrimentos de Israel no Egito. O segundo significado está na gratidão pela colheita: inclui uma festa agrícola (dos Pães Asmos), que envolve as primícias (Lec. 23:10), oferecidas no templo, em Jerusalém, em tempos posteriores.

Pequeno vocabulário: 
Pesach – “passar por sobre”, “saltar por cima”. Alusão direta ao “anjo da morte”, que passou por sobre os filhos de Israel (cujas casas estavam marcadas com o sangue do cordeiro pascal nos umbrais das portas), mas destruiu todos os primogênitos do Egito.
Abibe (deriva-se de aviv = primavera); o nome faz referência a essa estação do ano. Mais tarde, passou a chamar-se Nisã, e tornou-se o primeiro dos meses do ano no calendário judaico (Êx. 12:2), em honra ao grande livramento que o Senhor dera ao seu povo.
Matzoth – os pães sem fermento; pães asmos, ou ázimos.
Seder – cerimônia da festa da Páscoa, em que os judeus comem ervas amargas (maror), em suas casas, reunidos à noite, em família, para que sempre lembrem de como foram amargos os dias de sofrimento sob a escravidão egípcia.
Haggadah – cerimonial de literatura especial, embelezada (como os salmos), os quais são obrigatoriamente lidos durante a cerimônia da Páscoa; lembrando o grande livramento de Iavé para com Israel.

Celebração da Páscoa X Ceia Cristã: 
Tanto Jesus como os discípulos unem a páscoa dos judeus ao sacrifício de Cristo; sendo aquela um tipo deste último. Paulo (I Cor. 5:7), identifica o Senhor Jesus como o nosso Cordeiro Pascal. A morte de Cristo ocorreu exatamente no período da Páscoa. Sendo Jesus o nosso Cordeiro Pascal, assim como os judeus ao celebrarem a Páscoa, o faziam em memória do livramento que Iavé lhes dera da escravidão do Egito, hoje, ao celebrarmos a Ceia do Senhor, o fazemos em memória de Seu sangue derramado no Calvário (Luc 22:19,20; I Cor. 11:23-26), através do qual somos libertos (quando cremos) da escravidão do pecado. Ao celebrarmos a Ceia do Senhor lembramos da expiação dos nossos pecados, consumada em Sua morte na cruz. ( I João 1:9; Heb 7:26,27, 9:11-28). Assim como os israelitas limpam a sua casa do fermento para celebrarem a Páscoa, com os Pães Asmos, assim também, nós, resgatados por Cristo, devemos lançar fora, nos limpar do fermento do pecado, da corrupção, da malícia e da desobediência, substituindo-os pelos asmos da sinceridade e da verdade; portanto, os pães asmos nos falam de santificação. (I Cor. 5:8; II Cor. 7:1). A idéia do pacto também está presente em ambas as cerimônias: Iavé firmou um pacto com Israel- (Êx. 12:14; Deut. 29:1; Josué 3:6); o Senhor Jesus tem estabelecido um pacto (= aliança, testamento) com a Sua Igreja – (Mat, 26:23; I Cor. 11:25). Porém, esse segundo pacto é maior, completo e definitivo, cuja aliança eterna nos é garantida na ressurreição de Cristo: Heb 5:5-9; 7:22-27; 8:6-13; 9:11-28). “Mas graças a Deus que nos dá a vitória, por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo!” (I Cor. 15:57).

Feliz Páscoa!

(Fonte de pesquisa: Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia; R. N. Champlin; Hagnos).

Agora, que você conhece um pouco mais sobre a história da Páscoa, deixo-lhe uma reflexão:

O QUE A PÁSCOA SIGNIFICA PRA VOCÊ?
Numa alegre manhã de domingo entrava na cidade de Jerusalém,
montado em um jumentinho,
o Rei dos reis; Senhor dos senhores; Jesus, o Filho de Deus!
Multidões O aclamaram. Espalhando mantos e ramos fizeram-Lhe um singular tapete,
enquanto cantavam a Sua chegada:
- Hosanas, Hosanas, ao que vem em nome do Senhor!
Porém, ao final daquela inaudita semana, que estranho paradoxo, aquela mesma
multidão blasfemava contra o Filho de Deus. O cântico de louvor deu lugar aos mais
horrendos gritos de ódio:
- Crucifica-O, crucifica-O!
Caminha agora, o Rei dos reis, não mais sobre um jumentinho, mas carregando aquela
feia e pesada cruz; não mais ao som de alegres cantos, mas de escárnios e açoites.
Porém Ele, o dono da vida, não pode ser vencido pela morte.
E no domingo seguinte, três dias após a Sua morte física,
ressurge no esplendor da Sua glória para dar-nos vida
e vida em abundância!
Que espetáculo incomparável... Tragada foi a morte pela vitória!
Aleluia! O Rei ressurgiu!
Eis, por fim, a verdadeira Páscoa, suspirada pelos antigos judeus, 
mas consumada na ressurreição de Jesus Cristo,
o Filho de Deus, aquele ao qual crucificaram!
Contudo a morte de Jesus não foi obra de homens,
e sim do próprio Deus,
que a Si mesmo se entregou, na Pessoa do Verbo encarnado(João1:1,14), e como O Filho
se manifestou para nos salvar da morte do pecado (João 3:16);
numa expressão singular do Seu imensurável amor!
A verdadeira Páscoa é, pois, muito mais que chocolates e troca de presentes;
é Vida, a Vida de Deus a nós concedida!
E então, o que a Páscoa significa pra você?!

Profª Elenice de Oliveira Souza. (http://www.umaportaparaavida.blogspot.com)
Facebook: www.facebook.com/mensagensqueiluminam. Twitter: @EleniceOlivei17

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